quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Isolamento de Cocos Gram Positivos





Crescimento de Cocos Gram Positivo em Meio Manitol Salgado de swab
estéril de fossas nasais. Este meio é seletivo indicador e serve para o isolamento de Staphylococcus aureus.















Meio Ágar Sangue com a presença de beta-hemólise, característico da espécie Streptococcus pyogenes. O inóculo foi retirado com swab estéril da orofariinge.

Identificação de Cocos Gram Positivos

Provas para a Identificação de Staphylococcus aureus

Provas da catalase positivas



Prova da DNAse positiva

Provas Bioquímicas para Identificação de Enterobactérias

Meio TSI para triagem














TSI:lac(-) e gli(-)
















TSI: H²S(+)














Meio Glicose




Glicose(+) e produção de gás(+)




Teste de mobilidade negativo




Teste de mobilidade positivo

















Agar Citrato









Citrato(+)

Isolamento de bacilos Gram Negativos em meio EMB

Plaqueamento seletivo em meio EMB que serve isolamento de bacilos Gram Negativos

Bactérias Gram negativas fermentadoras de lactose, porque apresentam-se como colônias rosa-avermelhadas com ou sem centro negro
Bactérias Gram Negativas não fermentadoras de lactose, devido a presença de colônias transparentes

Diluição


Diluição 1/10 e Diluição 1/100 , respectivamente
Observa-se um padrão de crescimento decrescente, o que também seria observado nas diluições subsequentes de 1/1000, 1/10000.........
Deve-se utilizar uma das diluições para efetuar a contagem de ufc(unidade formadora de colônia)

Ação dos agentes físicos e químicos


Ação de agentes químicos como Álcool e Álcool iodado que impediram o crescimento bacteriano
e ação mecânica de remoção do sabão que também impediu o crescimento bacteriano

Teste de sensibilidade a antibiótico pela técnica de disco difusão


Presença de halos de inibição, que demonstram a ação dos antibióticos no inóculo bacteriano.

A Bacteriologia na Odontologia

A cavidade oral é uma área de grande colonização e diversidade bacteriana. As bactérias alojam-se tanto em tecidos duros quanto em tecidos moles orais, mais precisamente em biofilmes. Bactérias orais têm evoluído seu mecanismo de sobrevivência para adaptar-se ao hospedeiro. Elas ocupam o nicho ecológico fornecido por dentes, gengivas e epitélio superficial. No entanto, um inato sistema de defesa monitora constantemente a colonização bacteriana e impede a invasão dos tecidos locais em um organismo saudável. Existe um equilíbrio dinâmico entre placa dental e as bactérias hospedeiras.
A anatomia e a fisiologia bucal é um fator determinante para a diversidade bacteriana, uma vez que a boca apresenta diferentes tipos de tecidos e estruturas que variam quanto à tensão de oxigênio, disponibilidade de nutrientes, temperatura, e exposição aos fatores imunológicos do hospedeiro. Além das superfícies moles e descamativas das mucosa, há superfícies rígidas não descamáveis (estáveis) da superfície do dente. As superfícies das mucosas e dentes são ainda banhadas pela saliva ou pelo fluido teciduais que atinge o sulco gengival. Tanto as superfícies descamativas, como as superfícies duras dos dentes diferem em retentividade e exposição ao oxigênio, nutrientes e fatores imunológicos. Por exemplo, a mucosa do dorso da língua é muito mais retentiva do que a mucosa jugal. O dorso da língua funciona como um reservatório de diversos microrganismo, os quais vão posteriormente ocupar outros nichos nas superfícies dentárias supra e subgengivais. Muitos microrganismo Gram-negativos e Gram-positivos encontrados em altas proporções no dorso da língua, podem ser patogênicos ao colonizar a placa dental supra e subgengival. Por isto, a língua pode funcionar como um reservatório de patógenos dentários e periodontais.
È importante ressaltar que a presença de bactérias na boca não indicam doença, visto que elas fazem parte da microbiota oral do indivíduo, ou seja é necessário a presença de fatores(como a má higiene bucal) para o aparecimento de doenças bucais , dentre as quais se destaca : a cárie e a doença periodontal, principais doenças de interesse da área de odontologia. Entre as bactérias que colonizam a cavidade bucal existem estreptococos, lactobacilos, estafilococos, e vários anaeróbios. A cavidade oral do bebé recém-nascido não contém bactérias, mas torna-se rapidamente colonizado logo após a primeira inspiração de ar, principalmente por bactérias como a Streptococcus salivarius. Com o aparecimento dos dentes durante o primeiro ano a colonização por Streptococcus mutans e Streptococcus sanguinis ocorre uma vez que estes organismos colonizam a superfície dental e a gengiva. Outros estreptococos aderem fortemente a gengivas e bochechas, mas não nos dentes. A gengiva fornece um habitat para uma variedade de espécies anaeróbias. Bacteróides e espiroquetas colonizam a boca em torno da puberdade.
O processo de cárie e doença periodontal podem sofrer agravameto devido principalmente a má higienização bucal que propicia maior quantidade de substratos para a bactéria, o que leva no caso da cárie maior área de desmineralização, podendo levar ao acometimento pulpar, e no caso de doença periodontal maior destruição dos tecidos de suporte dentário, devido ao agravamento da periodontite(inflamação dos tecidos de suporte do dente, sangramento à sondagem e presença de perda de inserção) e/ou gengivite. Nessas duas situações a consequência pode ser a perda do elemento dentário, principalmente por causa do padrão patogênico elevado da colonização bacteriana presente nesses quadros avançados de doenças bucais.
Os principal patógeno causador da cárie é o Streptococcus mutans, ja os microrganismos causadores da doença periodontal são: Actinobacillus actinomycetemcomitans(relacionado a quadros mais agressivos de doença periodontal), Porphyromonas gingivalis, Bacteróides forsythus e Prevotella intermedia/Prevotella nigrescens
Acumúlo de placa supragengival que pode evoluir para problemas periodontail e gengivais, por isso a importância do controle da placa bacteriana. Observa-se na foto a formação de cálculo.

Processos patogênicos na cavidade oral